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Demissão intempestiva deixa Santos com opções limitadas para técnico

Presidente se foca em negociação com Ney FrancoFoto: Samir Carvalho/Especial para Terra

Diego Garcia

Direto de Santos

"Não temos a certeza se tomamos a melhor decisão". Dessa maneira, o diretor de futebol do Santos, Pedro Luiz Nunes Conceição, definiu a demissão repentina do técnico Adilson Batista. De fato, a saída precoce do treinador já deixa sequelas na Vila Belmiro, que se vê com opções limitadas para assumir a lacuna deixada no cargo.
Com a escassez de bons nomes disponíveis no mercado, o Santos se vê em uma encruzilhada. Ou aposta novamente em Marcelo Martelotte, técnico interino que não foi bem no ano passado (cinco vitórias, cinco derrotas e seis empates) durante a disputa do Brasileiro, ou aguarda até que um bom treinador esteja no mercado.
O "plano A" era Abel Braga, santista declarado e o favorito da direção na época em que Dorival Júnior foi demitido do Santos. Abel, atualmente no Al Jazira, foi procurado pela direção santista no último domingo, mas deu novamente uma resposta negativa. Contudo, seu vínculo se encerra no fim de maio.
A ideia da vez agora é acertar com Ney Franco, atual comandante da Seleção Brasileira Sub-20 e coordenador das categorias de base da CBF. O presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro já teria até pedido o aval de Mano Menezes para liberar o treinador, e ainda prometeu conversar com Ricardo Teixeira.
O esperado é que ele seja anunciado no clube em breve, mas o desejo do Santos é contar com o treinador por apenas três meses, apenas até o final da Libertadores - a decisão do torneio, caso o time alvinegro chegue tão longe, acontece no dia 22 de junho.
O tempo seria suficiente para que Abel Braga encerrasse seu contrato com o Al Jazira e estivesse disponível para assumir o Santos. Dessa maneira, Ney poderia ainda retornar à Seleção Sub-20 e dirigir a equipe no Mundial da categoria, que terá início no final de julho.
Caso as negociações com Ney Franco não vinguem, as opções ficariam mais escassas ainda. O nome mais querido por torcedores e diretores é o de Dorival Júnior, atualmente no Atlético-MG, mas seu retorno é considerado impossível. Igualmente sem chances seria a vinda de Muricy Ramalho, outro favorito da cúpula alvinegra. Dunga, por sua vez, teria sido procurado pelo Santos, mas não gostou da ideia.
Com tudo isso, a queda repentina de Adilson Batista - que tinha apenas uma derrota em 11 partidas e um aproveitamento de 60% - deve ecoar por algum tempo na Vila Belmiro