sábado, 5 de março de 2011

santos


Bateria de gols quer reencontrar ritmo de 2010

Peixe vive momento oposto ao que passou no Carnaval do ano passado e mestre de bateria dá dica para time não desafinar

Santos - Mestre de Bateria Escola de Samba Sangue Jovem (Foto: Ivan Storti) Santos - Mestre de Bateria Escola de Samba Sangue Jovem (Foto: Ivan Storti)
Israel Stroh e Klaus Richmond
Santos (SP)
Os santistas estavam acostumados a ver seu time tirar 10 em todos os quesitos. Neymar, Ganso, André, Robinho, Wesley... Eram muitos os que podiam de impressionar o público. Mas a bateria de gols saiu do ritmo e hoje, contra o Oeste, em Itápolis, às 21 horas, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!, é a chance de voltar a tocar a música que a torcida quer ouvir.
O time perdeu o ritmo, tanto que o clima na Vila Belmiro não é de carnaval. O momento é totalmente oposto ao do ano passado, quando impressionava o Brasil. Para não desafinar, Ronaldo Oliveira, o "Mestre Dô", da bateria da Sangue Jovem, dá a dica:
– Nossa bateria tem de 100 a 120 componentes. Se não tocar todo mundo junto, com o mesmo objetivo, não dá certo. Acho que falta isso para o Santos, um pouco de união, como temos na escola – aconselha.
Mestre Dô falou com o LANCENET! quando fazia o último ajuste da bateria da escola antes do desfile, chamado por ele como uma final de campeonato. No campo, o Santos terá de fazer a mesma coisa para não ver o sonho da Libertadores acabar logo na primeira fase.
Os componentes mudaram em relação ao ano passado, quando a bateria de gols tocava e o mestre-sala Neymar comandava a dança. Agora, até a torcida tem trocado os aplausos pelas vaias, em plena Vila Belmiro.
Com as novas peças, Marcelo Martelotte, que quer ficar de vez como técnico do Peixe, terá de descobrir o melhor ritmo que seus músicos podem tocar. Mestre Dô tem a dica de como ele pode extrair o melhor de seu grupo na hora decisiva.
– Ele precisa que o grupo pense junto, acho que falta um pouco de sintonia aos jogadores. No Carnaval, a comunidade se une para fazer algo bonito para as pessoas. Isso é um bom exemplo para o Santos.

Com a palavra: Jô, mestre de bateria da Sangue Jovem:
O que mais precisamos ter em nossa bateria é sincronia. Se uma pessoatocar diferente das outras já não fica a mesma coisa, já compromete o nosso trabalho. Talvez falte ao Marcelo Martelotte, que parece ser bom profissional, ser rígido o bastante para se chegar a essa sincronia.
Nós quando vamos para a passarela, vamos direto para uma final de campeonato. Queremos fazer tudo direitinho porque não tem outro jogo, outra chance... O Santos vai ter praticamente uma final pela Libertadores e precisa que todo mundo se ajude neste jogo, que vai ser muito importante. Se isso acontecer, acho que o time volta a jogar o que pode.

Com a palavra: Israel Stroh, setorista do Santos:
A torcida do Santos ainda tem em mente a equipe impressionou o Brasil, no ano passado, mas na verdade, mudou muita coisa, sobretudo do meio para frente.
Marcelo Martelotte usa a mesma formação que Dorival Júnior usava, mas não as mesmas peças. Até mesmo Arouca e Neymar, remanescentes daquela equipe, estão diferentes. O volante vem sofrendo com lesões e não consegue ter o mesmo vigor de 2010. A Joia, por sua vez, está muito mais vigiado do que antes.
Isso porque no ano passado a defesa rival tinha que marcar outro craque, Robinho, o que o deixava com mais espaço. Diogo não exige os mesmos cuidados que o atacante, agora do Milan (ITA).
Os atacantes ficavam abertos, traziam marcadores consigo e deixavam espaço para André, que tinha enorme faro de gol. Espaço e oportunismo que Zé Eduardo não tem na mesma intensidade.
Ganso também se aproveitava com o excesso de marcação sobre Neymar e Robinho. Wesley o ajudava na armação e o deixava com mais espaço. Agora, Elano é o único armador e virou presa fácil.
Com a volta de Ganso, o Santos voltará a ter dois grandes meias de armação. Contra o Colo Colo, as coisas já podem melhorar.

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