domingo, 23 de janeiro de 2011

santos


Rafael volta ao palco de sua afirmação como protagonista

Goleiro retorna ao lugar onde teve atuação que o garantiu como titular; agora, missão é não tomar gols para segurar a liderança

Rafael (Crédito: Ivan Storti) Rafael começou o ano bem e é a arma do Santos para segurar a liderança do Paulistão (Foto: Ivan Storti)
Klaus Richmond
Santos (SP)
Rafael ainda não é uma unanimidade. Desde que estreou pelo Santos, porém, jamais teve a sua vaga de titular sequer ameaçada. Nesse ano, mesmo após ganhar uma "sombra" – o clube contratou Aranha – parece ter crescido ainda mais. Foi, inclusive, o principal jogador do time na estreia.
Para confirmar a boa fase, o goleiro volta ao palco onde considera ter feito uma das melhores partidas da curta carreira. A que, pelo menos, o garantiu como camisa 1 durante o último semestre. Hoje, às 17h, com transmissão em tempo real pelo LANCE!NET, Rafael reencontra o Grêmio Prudente para segurar a liderança do Paulistão.
A última vez em que foi a Prudente, ainda pelo Brasileirão, Rafael saiu como heróia da vitória. Vencendo por 2 a 1, o goleiro defendeu um pênalti aos 42 minutos do segundo tempo e, aos 46, evitou outro gol de pênalti após desconcentrar Robson, que acertou a trave.
Internamente, o jogador já é motivo de satisfação da diretoria. Na última sexta-feira, durante a apresentação do novo patrocínio, o gerente de marketing do clube citou alguns jogadores como Neymar, Paulo Henrique, Arouca. O presidente Luis Álvaro completou:
– Tem também o Rafael, melhor goleiro do mundo.
Para Adilson, o goleiro também tem provado. Fez nada menos do que dez defesas (segundo números do Footstats) na estreia contra o Linense, incluindo a defesa de um pênalti. Só foi vazado no fim do jogo, mas ganhou elogios do comandante, que criticou a exposição ao goleiro.
– O Rafael estreou no Mineirão, contra mim. As informações que o Barbirotto nos passou (ex-preparador de goleiros do clube) foram ótimas, ele tem muito potencial. Estamos muito tranquilos para a posição e ele terá um futuro muito bonito no futebol – afirmou Adilson.
No segundo jogo, diante do Mirassol, Rafael não tomou gols e só foi acionado três vezes. De qualquer forma, se precisar, ele já provou que garante, principalmente em Prudente.
Os três principais momentos de Rafael
Grêmio-PP 1 x 2 Santos
Em 1 de agosto de 2010, às vésperas do segundo jogo da final da Copa do Brasil, Dorival Júnior optou por poupar quase todos os titulares. Goleiro só havia jogado seis jogos pelo Peixe, incluindo o primeiro jogo da final contra o Vitória, e falhado na derrota por 2 a 0 diante do Atlético-PR. Com atuação impecável, defendeu um pênalti e desconcentrou o batedor no segundo. Com isso, ganhou ainda mais moral para o segundo jogo da final contra o Vitória e a confiança de Dorival.
Vitória 2 x 1 Santos
No dia 4, Santos enfrentou o Vitória pela final da Copa do Brasil. Goleiro fez defesas importantes, mas não conseguiu evitar a derrota do Santos. De qualquer forma, time acabou campeão do torneio .
Linense 1 x 4 Santos
Na abertura do Paulistão, no último dia 15, o Santos venceu por um placar elástico, mas Rafael foi apontado como um dos principais responsáveis pela vitória. Goleiro fez dez grandes defesas e ainda evitou um pênalti. Só levou o gol no fim da partida. No final, ainda recebeu elogios do técnico Adilson Batista.
Com a palavra - Humberto Peron (Colunista do L!)
'Está pronto para ser o goleiro do Santos'
"Não há dúvida que ele é o titular. Mesmo sendo um cara novo, logo mostrou ser um grande goleiro, com maturidade, algo que faltava ao Felipe. O jeito como se porta nos pênaltis é personalidade, ele tem um crédito. Além de jogar pelas condições dele, jogou pela desconfiança do Santos até porque o Felipe não estava bem. Gosto muito do Rafael, sai bem do gol e erra muito pouco para a idade que tem. Está pronto para ser o goleiro do Santos por muito tempo".
Com a palavra - Dorival Júnior (Técnico do Atlético-MG)
'Ele naturalmente foi pedindo uma chance'
"A partir daquela partida (contra o Prudente) ele amadureceu muito, emocionalmente talvez tenha sido um momento em que pôde acreditar que estava se formando um grande goleiro. Ele passou a sentir essa condição. O Rafael era um garoto, como o próprio Vladimir, e apresentava boas qualidades. Isso foi uma consequência natural. Ele naturalmente foi pedindo uma chance. Fizemos a opção por ele, que acabou concretizando no que já havíamos visto".

Nenhum comentário:

Postar um comentário